De olho nas ciladas da carreira
Sucesso na carreira empresarial está diretamente ligado à liderança e os riscos que você está disposto a correr. Porque se você não ocupar o seu espaço, alguém o fará e, por favor, não caía no ridículo de fazer fofoca sobre a competência alheia. A questão, para os jovens gerentes, é saber consolidar-se na posição de líder, o que pressupõe assumi-la perante o grupo sem qualquer tipo de imposição.
Falo tanto da liderança informal, de fácil percepção, quanto àquela do cargo e do cartão de visitas. Ah, e isto ocorre assim, nas coisas mais simples e banais na vida da empresa.
Nas organizações com foco bem ajustado, o ritmo dos negócios e a diversidade de desafios e opiniões entre as equipes dispensam o executivo que se sobressai mais do que a empresa que ajuda a dirigir. Aquele tipo (sim, sei que você conhece alguns) que coloca cereja no projeto do grupo como se fosse seu e o alardeia, precisa saber que este é um filme com final ruim. Para a carreira e para a própria vida.
A moderna conduta empresarial dispensa os medalhões. O famoso “deixa que eu chuto” não está com nada. Pode até ganhar uma promoção, mas perde o respeito. O mesmo que lhe será fundamental nos postos chaves que virão pela frente. Prevalecem, isto sim, aqueles cuja conduta está sustentada em fundamentos de base, tais como ser inovador, assumir riscos, demonstrar sentimentos, ter atitude e saber ser cooperativo. Para todos os casos, a predominância da ética é essencial.
Estes ensinamentos não estão nas escolas formais. São instrumentos de um processo de carreira permanente e vigilante, com a participação elementar dos líderes diante de suas equipes. Liderança que não se confunde com autoridade, força e rigidez.
O mais importante, porém, é ter ciência de que é preciso preparar-se muito para assumir qualquer posição de liderança e continuar nessa busca de informação e autoformação ao longo da vida profissional. Ter consistência e saber que ter visibilidade é muito bom para qualquer gerente. Mas esse é apenas o primeiro passo de uma trilha longa, acidentada e cheia de surpresas em direção aos postos mais importantes da empresa.
Pode-se até errar numa promoção, já que faz parte das apostas feitas nos que se mostram talentosos. Mas mexe com o clima interno, com a produtividade, e tem efeitos devastadores para o discurso interno da companhia, podendo levá-la a diversos tipos de prejuízos, inclusive o prejuízo moral.
Noto muitas vezes uma mudança nítida de comportamento de alguns profissionais quando são identificados como potenciais líderes empresariais, caindo nas velhas e manjadas armadilhas corporativas. Exibem auto-suficiência, substituem análises críticas por palpites certeiros, criam distanciamento, acreditam-se infalíveis…e morrem prematuramente. Esquecem-se da premissa que diz que ser um ótimo gerente não significa necessariamente tornar-se um CEO, um líder de fato.
Algumas dicas para ser um bom CEO:
- Ser ético sempre;
- Desafiar-se diariamente;
- Agregar à imagem profissional uma boa desenvoltura social;
- Saber diferenciar hierarquia de respeito;
- Trabalhar com bom humor;
- Ter atitude positiva porém lúcida;
- Liderar e ajustar-se aos liderados;
- Ouvir muito, ler muito, pesquisar sempre;
- Respeitar as individualidades;
- Espelhar-se em vencedores.
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