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Ciência e Saúde

Você vive com sono? Estudo mostra que poluição do ar atrapalha seu descanso

Você é daqueles que se sente cansado mesmo depois de uma noite de sono? Acha que as horas que passou dormindo não renderam? Existem muitos culpados para isso, como uma cama ruim, travesseiro velho ou até barulhos externos. Mas cientistas acharam mais um provável culpado na balança: a poluição do ar. Sim, pode ser que o seu sono ruim não seja culpa sua.

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2017/05/26/voce-acha-que-o-seu-sono-nao-rende-pode-ser-culpa-da-poluicao-do-ar.htm?cmpid=copiaecola

Pesquisa

Nove minutos de exercícios ajudam a sair do sedentarismo

 

Cem milhões de pessoas no Brasil não fazem qualquer tipo de atividade física. Falta de tempo é um dos motivos para o sedentarismo.

Cem milhões de pessoas no Brasil não fazem qualquer tipo de atividade física e isso representa a metade da população brasileira. Entretanto, fazer exercício não está ligado apenas à boa forma. Quem faz atividade física vive mais e melhor. Para falar sobre o assunto, o Bem Estar convidou o médico do esporte e consultor Gustavo Magliocca e a profissional de educação física Shirlaine Stelzer.

Falta de tempo é um dos motivos para o sedentarismo. Contudo, uma pesquisa mostrou que apenas com nove minutos de ginástica, três vezes por semana, pode te ajudar a sair do sedentarismo. Vale complementar a ginástica com um exercício aeróbico, como caminhada, que aumenta a resistência cardiovascular.

A atividade física pode ter efeito de remédio. Um estudo nos Estados Unidos concluiu que correndo uma hora, a pessoa pode ganhar até sete horas de vida. Outra pesquisa da Inglaterra revelou que ir pedalando para o trabalho pode até prevenir o câncer.

Saiba mais: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/nove-minutos-de-exercicios-ajudam-a-sair-do-sedentarismo.ghtml

Pesquisa

Descoberto mecanismo celular que desencadeia síndrome rara

22 de maio de 2017

Maria Fernanda Ziegler  |  Agência FAPESP – Os mecanismos celulares e de expressão gênica que levam à má-formação da mandíbula, traço mais característico da síndrome de Richieri-Costa Pereira, acabam de ser esclarecidos.

Pesquisadores do Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) e da Duke University, nos Estados Unidos, descobriram que nos casos da síndrome ocorrem problemas no processo de migração e diferenciação celular durante a formação do crânio e face, processos que ocorrem no primeiro trimestre de gestação humana.

A síndrome de Richieri-Costa Pereira é uma doença autossômica recessiva descrita pela primeira vez em 1992 pelo professor Antonio Richieri-Costa e equipe do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (USP) em Bauru. Atualmente há mais de 20 pacientes conhecidos com a doença no Brasil (e um no exterior), mas o estudo da doença pode dar pistas importantes sobre a formação craniofacial durante o desenvolvimento fetal e até mesmo para a bioengenharia.

Os pesquisadores do CEGH-CEL – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na USP – já haviam descoberto, em 2014, que mutações no gene EIF4A3 estão relacionadas a anomalias decorrentes da síndrome. Um artigo recém-publicado na Human Molecular Genetics descreve os mecanismos celulares que desencadeiam a má-formação ao reconstituir as etapas do desenvolvimento craniofacial.

A formação da cabeça é um processo complexo, com várias etapas e processos envolvidos. Para que ela ocorra é preciso haver proliferação, migração celular e também a morte celular programada, chamada de apoptose. Os pesquisadores observaram que pacientes com a síndrome apresentam problema de migração celular durante o processo de formação craniofacial.

“Se houver problema de migração, haverá menos células povoando os tecidos que serão formados – por exemplo, a mandíbula e outros componentes do complexo craniofacial. Achamos que a quantidade reduzida de células devido à migração defeituosa resultaria em menos células para gerar esses tecidos”, disse Gerson Kobayashi, um dos autores do estudo cuja tese de doutorado foi a respeito do tema.

A reconstituição in vitro das etapas do desenvolvimento craniofacial foi feita a partir de células somáticas – células-tronco da polpa do dente ou fibroblasto ou ainda células do sangue – retiradas de pacientes com a síndrome de Richieri-Costa Pereira.

Essas células foram então reprogramadas para virar células pluripotentes, parecidas com células-tronco embrionárias. Isso permitiu criar células de crista neural (responsáveis por formar a maior parte dos ossos e cartilagens do complexo craniofacial) e células que depois de atingir um alto grau de diferenciação viram mesenquimais (células com plasticidade elevada que podem originar vários tecidos).

“Com as células de crista neural, conseguimos observar esses três processos e identificar se algum deles está comprometido nos pacientes. Com a proliferação e apoptose estava tudo bem, mas na migração não. O importante é que a célula de crista neural ao chegar a uma determinada região vai se diferenciar. Testamos a diferenciação para cartilagem e tecido ósseo e confirmamos que os dois processos estão comprometidos”, disse a professora Maria Rita Passos-Bueno, coordenadora do Laboratório de Diagnóstico Molecular de Doenças do CEGH-CEL.

Melhor prognóstico de cirurgia

Os estudos in vitro realizados no CEGH-CEL foram replicados em modelo animal por pesquisadores da Duke University. Kobayashi estima que será possível usar o modelo para procurar drogas que revertam o fenótipo da célula e possam ser utilizadas em gravidez de risco. A ideia é que os resultados do estudo possam servir de base para cirurgias mais eficientes.

“Vimos que há capacidade de formar osso, mas ela ocorre na época errada. A próxima pergunta a responder é se será possível intervir na hora de fazer uma cirurgia, porque esses pacientes precisam passar por vários procedimentos cirúrgicos. Com isso, seria possível administrar substâncias para que ocorra um processo de reconstituição óssea mais eficiente, ajudando a melhor prognóstico da cirurgia”, disse Passos-Bueno.

A pesquisadora estima que descobertas sobre os mecanismos da síndrome Richieri-Costa Pereira possam ser relevantes para estudos em bioengenharia de tecidos.

“O gene EIF4A3 parece ter um papel importante na formação da mandíbula e há um investimento para a produção de estruturas ósseas em laboratório, que poderão então ser usadas para substituição de tecidos ósseos comprometidos. Para isso, é preciso conhecer quais são as moléculas críticas, por exemplo, para garantir que a mandíbula tenha um determinado tamanho. A aplicação do conhecimento a longo prazo é para os pacientes, mas também para a bioengenharia de tecidos”, disse Passos-Bueno.

O artigo EIF4A3 deficient human iPSCs and mouse models demonstrate neural crest defects that underlie Richieri-Costa-Pereira syndrome, de Emily E. Miller, Gerson S. Kobayashi, Camila M. Musso, Miranda Allen, Felipe A.A. Ishiy, Luiz Carlos de Caire Jr., Ernesto Goulart, Karina Griesi-Oliveira, Roseli M. Zechi-Ceide, Antonio Richieri-Costa, Debora R. Bertolam, Maria Rita Passos-Bueno e Debra L. Silver, pode ser lido em: https://doi.org/10.1093/hmg/ddx078.

http://agencia.fapesp.br/descoberto_mecanismo_celular_que_desencadeia_sindrome_rara/25327/

Pesquisa

Estudo analisa quase 80 mil pessoas e identifica 52 genes ligados à inteligência

Pesquisa foi publicada pela revista ‘Nature’ e foi realizada pela Universidade Livre de Amsterdã.

Um grupo de cientistas identificou 52 genes que influenciam a inteligência dos seres humanos, de acordo com publicação da revista “Nature”. Destes, 40 são descobertas completamente novas. A pesquisa analisou 78.308 pessoas.

“Estes resultados são muito emocionantes, porque fornecem associações muito fortes com a inteligência. Os genes que detectamos estão envolvidos na regulação do desenvolvimento celular e são especificamente importantes na formação de sinapses e outras funções neurais. Essas descobertas, pela primeira vez, fornecem pistas claras para os mecanimos biológicos subjacentes da inteligência”, disse Danielle Posthuma, da Universidade Livre de Amsterdã, autora principal do estudo.

O estudo também mostrou que os genes com influência sobre a inteligência são correlacionados com os ligados à realização educacional e, também, embora com menos força, ao tabagismo, volume craniano, circunferência da cabeça na infância, autismo e altura.

“Essas correlações genéticas mostram as vias biológicas comuns para a inteligência e outras características. Sete genes para a inteligência também estão associados à esquizofrenia, nove com o índice de massa corporal (IMC) e quatro deles são ligados à obesidade. Esses três traços têm uma correlação negativa com a inteligência”, diz Suzanne Sniekers, também autora do estudo. “Assim, a mesma variante do gene que tem um efeito positivo na inteligência, tem um efeito negativo na esquizofrenia, no IMC e na obesidade”.

De acordo com os pesquisadores, estudos futuros deverão ir além de apenas identificar os genes, mas também precisarão esclarecer o seu papel exato e entender melhor a relação entre as diferenças genéticas e os níveis de inteligência.

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/estudo-analisa-quase-80-mil-pessoas-e-identifica-52-genes-ligados-a-inteligencia.ghtml

Saúde

Ministério da Saúde anuncia adoção de uso preventivo de pílula anti-HIV para pessoas em risco

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (24), que adotará a profilaxia pré-exposição (PrEP) contra o HIV para grupos em risco. A estratégia envolve o uso diário do medicamento Truvada (combinação dos antirretrovirais tenofovir e emtricitabina) por pessoas que não têm o vírus. O objetivo é proteger grupos que estão mais expostos ao risco de infecção, como profissionais do sexo, casais sorodiscordantes (quando um tem o vírus e o outro não), pessoas trans e homens que fazem sexo com homens.

Segundo o ministro Ricardo Barros, a pasta já investiu U$ 1,9 milhão na compra de 2,5 milhões de comprimidos de Truvada, o que deve ser suficiente para atender à demanda durante um ano. Barros destacou que o Brasil será um dos primeiros países no mundo, e o primeiro na América Latina, a adotar essa estratégia preventiva.

O medicamento deve estar disponível no SUS para esses grupos 6 meses após a publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, o que está previsto para ocorrer na segunda-feira (29), segundo o ministério.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também deverá publicar a alteração do registro do Truvada para que ele possa ser usado na PrEP. Hoje, no Brasil, o Truvada é aprovado somente para o tratamento da doença, por isso é necessário uma mudança no registro para o uso em prevenção.

O governo estima que a estratégia será usada por 7 mil pessoas que fazem parte das populações-chave. Para receber o medicamento, o paciente passará por uma avaliação para verificar o quão exposto ele está ao vírus HIV.

Especialistas alertam que esse tipo de estratégia deve ser aliada a outras medidas preventivas. Quem optar por adotá-la, por exemplo, deve ser aconselhado a continuar usando a camisinha, a fazer testes de HIV periodicamente e a tratar outras DSTs, que costumam deixar o paciente ainda mais vulnerável à infecção por HIV.

Eficácia da estratégia

Desde 2014, a profilaxia pré-exposição é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para pessoas em risco considerável de se infectarem com HIV e sua eficácia foi comprovada por quatro estudos clínicos. Um deles, o estudo internacional iPrEx (Iniciativa de Profilaxia Pré-exposição), do qual o Brasil também participou, concluiu que o uso diário de antirretroviral por homens saudáveis que fazem sexo com homens conseguiu prevenir novas infecções com eficácia que variou de 43% a 92%, dependendo da adesão ao medicamento.

A adoção da estratégia já vinha sendo estudada pelo Brasil por meio de cinco estudos financiados pelo Ministério da Saúde realizados por instituições como a Faculdade de Medicina da USP e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/ministerio-da-saude-anuncia-adocao-de-uso-preventivo-de-pilula-anti-hiv-para-pessoas-em-risco.ghtml